quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Eleições: Tiriricagens, o prestígio, que não é chocolate, e mãe de miss na disputa

Atualmente, o melhor programa da tv brasileira é o horário eleitoral. Muit@s candidat@s podiam assumir o lugar d@s humorist@s cearenses sem falar que são grandes concorrentes ao prêmio óleo de péroba.

Fora deste perfil só o Tiririca, que é palhaço e continua sendo. Sim, o Tiririca é candidato a deputado pelo estado de São Paulo. Que é isso, Tirica, vai deixar a Assembleia do Ceará sem a sua presença?

Fico imaginando como seria o debate do Tiririca com o Fernando Hugo. Este adora usar umas figuras de linguagem bem rebuscadas como sinônimo de "erudição".

Aliás, Fernando Hugo é candidato a deputado pela sexta, eu disse, aliás, é ele quem diz, sexta vez. É o caso de dizer: solta o osso, candidato! Será acaso aquela gordura toda do deputado? Sei não... O corpo fala! É muita fome de poder.

O que me chamou atenção hoje foi a fala de Dilma reproduzida no programa eleitoral de Cid Gomes: "Cid tem prestígio comigo e com o presidente Lula". Usar o critério do "prestígio" para indicar alguém é tão velho como as práticas dos antigos coronéis, né, dona Dilma. Tem prestígio comigo, tem tudo. Não tem prestígio comigo, tem a lei. Prestígio é uma palavra velha, velha em todos os significados e significações. Acho sintomático que Dilma a use. Fica a dica...

Por último: já está difícil de aguentar a prefeita Luizianne Lins, imagina ter que aguentá-la com a mãe, que é candidata a deputada. Mãe e filha na política é sintoma de um pensamento velho, do mesmo tempo do "prestígio" (não do chocolate), mas do prestígio político.

Luizianne colocou pelo avesso a figura da mãe de miss. Ela chegou no poder e apóia a mãe. Nos concursos de miss era o contrário: a mãe apoiava a filha pra ganhar. É por isso que prefiro o concurso de miss, que são bregamente autênticos, tem manto, faixa, coroa, cetro, flores. Além disso, as moças são mais bonitas que Luizianne e sua mãe.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Sobre pai, mãe, pscicanálise, etc e tal.

Reproduzi abaixo o texto do Calligaris.

CONTARDO CALLIGARIS

Para que serve a psicanálise?

A quem luta para se manter adulto, o paternalismo dá calafrios, ou mesmo vontade de sair atirando


A ASSOCIAÇÃO Internacional de Psicanálise (IPA) foi fundada em 1910. Presente em 33 países, com mais de 12 mil membros, ela festeja seu centésimo aniversário. Aos colegas da IPA (embora eu tenha me formado numa de suas dissidências), meus sinceros parabéns.

A festa é uma boa ocasião para perguntar: para que serve, hoje, a psicanálise? A campanha eleitoral em curso me ajuda a escolher uma resposta.

Repetidamente, o presidente Lula e Dilma Rousseff se apresentam como pai e mãe dos brasileiros. Em 17/8, Lula declarou: "A palavra não é governar, a palavra é cuidar: quero ganhar as eleições para cuidar do meu povo, como a mãe cuida de seu filho".

No dia seguinte, Marina Silva comentou: "Querem infantilizar o Brasil com essa história de pai e mãe". Várias vozes (por exemplo, o editorial da Folha de 19/8) manifestaram um mal-estar; Gilberto Dimenstein resumiu perfeitamente: "Trazer a lógica familiar para a política significa colocar a criança recebendo a proteção de um pai em vez de um governante atendendo a um cidadão que paga imposto".

Entendo que um presidente ou uma candidata se apresentem como pai ou mãe do povo. Embora haja precedentes péssimos (de Vargas a Stálin, ao ditador da Coreia do Norte, Kim Jong-il), estou mais que disposto a acreditar que Lula e Dilma se expressem dessa forma com as melhores intenções.

O que me choca é que eleitores possam ser seduzidos pela ideia de serem cuidados como crianças e preferi-la à de serem governados como adultos.

Se o governo for paternal ou maternal, o que o cidadão espera nunca será exigível, mas sempre outorgado como um presente concedido por generosidade amorosa; o vínculo entre cidadão e governo se parecerá com o tragipastelão afetivo da vida de família: dívidas impagáveis, culpas, ciúme passional etc. Alguém gosta disso?

Numa psicanálise, descobre-se que a vida adulta é sempre menos adulta do que parece: ela é pilotada por restos e rastos da infância. Ao longo da cura, espera-se que essa descoberta nos liberte e nos permita, por exemplo, renunciar à tutela dos pais e ao prazer (duvidoso) de encarnarmos para sempre a criança "maravilhosa" com a qual eles sonhavam e talvez ainda sonhem.

Tornar-se adulto (por uma psicanálise ou não) é um processo árduo e sempre inacabado. Por isso mesmo, a quem luta para se manter adulto, qualquer paternalismo dá calafrios -ou vontade de sair atirando, como Roberto Zucco.

Roberto Succo (com "s"), veneziano, em 1981, matou a mãe e o pai; logo, fugiu do manicômio onde fora internado e, durante anos, matou, estuprou e sequestrou pela Europa afora. Em 1989, Bernard-Marie Koltès inspirou-se na história de Succo para escrever "Roberto Zucco", peça admiravelmente encenada, hoje, em São Paulo, na praça Roosevelt, pelos Satyros.

Na peça, Zucco perpetra realmente aqueles crimes que todos perpetramos simbolicamente, para nos tornarmos adultos: "matar" o pai, a mãe e, dentro de nós, a criança que devemos deixar de ser.

O diretor da peça, Rodolfo García Vázquez, disse que Zucco é um Hamlet moderno. Claro, para Hamlet, como para Zucco, o parricídio é uma espécie de provação no caminho que leva à "maioridade". Além disso, pai, padrasto e mãe de Hamlet eram reis, e o pai de Succo era policial. Para ambos, o Estado se confundia com a família.

Se o Estado é um pai ou uma mãe para mim, eu não tenho deveres, só dívidas amorosas, e, se esse Estado me desrespeita, é que ele me rejeita, que ele trai meu amor. Por esse caminho, amado ou traído pelo Estado, nunca me considerarei como um entre outros (o que é uma condição básica da vida em sociedade), mas sempre como a menina dos olhos do poder.

Agora, se eu me sentir traído, não me contentarei em mudar meu voto, mas procurarei vingança no corpo a corpo, quem sabe arma na mão; pois essa é a linguagem da paixão e de suas decepções. O paternalismo, em suma, semeia violência.

Enfim, se é verdade que muitos prefeririam ser objeto de cuidados maternos ou paternos a serem "friamente" governados, pois bem, nesse caso, a psicanálise ainda tem várias boas décadas de utilidade pública entre nós.

É uma boa notícia para a psicanálise. Não é uma boa notícia para o mundo fora dos consultórios.

ccalligari@uol.com.br

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Meus critérios para não votar em candidat@s

As eleições começaram. Ai de nós. Mas, felizmente, podemos votar e isso é importantíssimo. Não fosse a ditadura, teríamos avançado muito mais nos direitos individuais. Enfim, é hora de exercer o direito e o poder.

Nesta campanha de pedra cantada, mais do que ler o programa d@ candidat@ estou usando outros critérios para escolher. São critérios sutis, pois cada dia mais acredito na sutileza. Ela diz muito do que somos. E, no caso de políticos, dizem muito mais.

Vamos aos critérios para não votar:

1. Se @ cadidat@ só usa o masculino eu não voto. Essa de generalizar (ao contrário do que o verbo nos permite pensar) não ganha meu voto. Na comunicação escrita, cadidat@ que usa @ ganha ponto comigo;

2. Se faz pichação, eu não voto! Definitivamente. Terminada a eleição, a cidade fica toda feia, suja, mais do que ela já é;

3. Candidato que distribui "santinho", adesivos, etc. estão gastando papel. Eu não recebo. Aliás, propaganda de panfleto, flyer, etc. é coisa em desuso, é anti ecológica. [Nem os panfletos da "Sara tras (sic) a pessoa amada", uma pérola do marketing local, eu pego na rua. Já deu né, Sarinha!!!] Isso diz muito se @ candidat@ pensa ou não na natureza;  Já pensou se @s candidat@s fizessem uma distribuição de sacolas retornáveis?!!! Seria ótimo! Mas, por favor, sem colocar papel dentro, hein!

4. Se ocupar a calçada eu também não voto. Um dia desses, vivi esta experiência. @s militantes do deputado Chico Lopes ocupava toda a calçada na Avenida da Universidade, em Fortaleza. Absurdo, Chico Lopes! A avenida já é movimentada demais. Carros parados de um lado e do outro e a gente tendo que disputar espaço com os ônibus. Uma militante ainda pediu pra por um adesivo do Chico Lopes em mim. Nem pensar, minha cara. Se o pedestre perde o espaço, vai perder muito mais depois. Abre o olho, deputado! Militância tosca perde voto.

5. Se o candidato não usa corretamente as mídias sociais, eu disse CORRETAMENTE, eu não voto. Dilma e Serra, logicamente que o comité del@s né, dão follow no twitter sem consultar @ eleitor@. Ocorreu comigo. Dei unfollow imediatamente. Quem disse que eu quero seguir vocês?

6. Se @ cadidat@ pixa o muro eu não voto e se fica "em cima do muro" eu não voto também. Neste quesito, Marina Silva é a campeã. Ela está sempre jogando para os plebiscitos as decisões que ela pode tomar sobre o direito ao aborto, o casamento gay, etc. Candidata, plebiscito não é tapete pra senhora jogar tudo debaixo dele! Se não sustenta a opinião, como vai se sustentar no poder?

7. Se @ candidat@ faz propaganda com carro de som, eu não voto. Tem uma tal de doutora Fátima que passa o dia todo rodando aqui no bairro. Musiquinha irritante. Será que ela, sendo doutora, ou seja, médica, nunca ouviu falar de poluição sonora? O que dá a ela o direito de nos fazer escutar a sua propganda horrenda? isso também vale pra empresas. Se usa propaganda sonora eu não compro o produto. Fiz isso em Assis com a Drogasil, a melhor farmácia da cidade, pelo menos na minha opinião. Neste caso, a gente até "entende". quanto mais gente doente, com dor de ouvido, mais remédio vende né. Sim, a lógica do mercado é perva! mas cheguei na farmácia e disse que pegava mal. Não deu resultado a minha reclamação, mas eu reclamei.

8. Se @ candidat@ diz que é casad@, sobretudo se for homem, eu não voto. Casad@s são melhores que solteir@s? Na verdade, o que há por trás desta afirmação é: eu não sou gay! Tá certo, par o bem da consciência d@ candidat@ eu finjo que acredito! Mas não voto.

Nossa, assim tá difícil de votar né. Mas votar é difícil mesmo. Fácil é roubar e fazer mal uso do poder. Se você não achar ninguém que contemple os seus critérios, não vote. Isso não significa que você é menos cidad@. Pelo contrário: significa que @s candidat@s são indign@s do seu voto. Politica se faz com o voto, mas também com o direito de não votar e, ainda assim ou por isso mesmo, continuar cobrando, afinal, não votar não abate imposto. É isso, querid@s! Faz tempo que não venho no blog. É a correria. Nem sempre é a correria mesmo, mas o interesse por outras coisas: leitura, filmes, música, preguiça, twitter, pensatas da Palô, etc. Beijos a tod@s!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Coração crescido (conto)

Acordei com a vontade louca de comer milho quente. Daquele que se vende em panelão d’água fervente sobre o carrinho de geladeira na esquina de casa. Água de pelar porco ou despenar galinha, como fazia minha mãe nos dias de festa.

Casamento, batizado, primeira comunhão padre Alfredo aparecia, rezava missa na capela da localidade. Minha mãe, tias, primas, parentes e amigas se reuniam no terreiro e não sobrava bicho de ovo.

Antes da missa, padre Alfredo conversava com a macharada. Queria ouvi-los em confissão. No sertão de meu Deus, macho que é macho não se confessa, padre, dizia meu pai. Vai umazinha aí? Depois de umazinhas, o sacerdote concordava com meu pai e perdoava os pecados dos homens. Um pai-nosso, um pelo-sinal e pronto. 

Com as mulheres era diferente. Ouvia-as todas, sobretudo as em idade de casar. Se os homens eram sedentos de cachaça, padre Alfredo era sedento de pecados femininos. Para cada uma, três ou quatro rosários de penitência.

Quando toda fuzarca terminava e padre Alfredo se ia, a macharada ficava inventando histórias. Glorinha vai casar de rosa, viu! Dizia meu pai, rindo-se da filha do João Grandão, o magarefe. Tudo era levado na troça. Os homens riam, batiam nas costas do outros e se despediam, que já era tarde e logo o sol abriria o olho.

Com o tempo, os mais velhos foram morrendo. Meu pai foi dos primeiros. Adormeceu e não acordou. Padre Alfredo não chegou para sepultar a todos. Fora encontrá-los do outro lado onde não precisava confessá-los e onde não havia as umazinhas.

Minha mãe ficou doente. Primeiro veio o mal dos ossos. Os músculos enfraqueceram. A pele das pernas rachou. As feridas vieram e nunca sararam. O coração ficou crescido. O médico não lhe dera muito tempo.

O médico novo na localidade era pastor batista. Crente dos tempos do “Aleluia! Carne no prato e farinha na cuia”, como gritavam em forma de chacota os contrários à fé protestante. O doutor tirou o jaleco, vestiu o paletó e orou sobre minha mãe.

Ainda assim, esperava-se a morte da velha. Porém, veio a morte e levou minha irmã Rebeca. Naquela noite a indesejada queria carne nova e poupou minha mãe. Assim como meu pai, Rebeca adormeceu e não acordou.

A velha aguentou tudo. Sobreviveu para enterrar a filha quando todos esperavam o dia de jogar-lhe terra na cara. Depois foi meu filho. Tonteei. Um policial não soube a distância entre a cabeça do carona da moto e os pneus do veículo.

Ao delegado contou que não atirou pra matar. A bala saiu do cano do revólver direto pra cabeça, doutor. Foi acidental... Minutos antes de morrer, meu filho me disse: quero comer milho. Íamos os dois na moto...

Voltei do meu tempo de infância. Agora sei de onde vem o meu desejo louco de comer milho cozido e quente, que já não é o mesmo dos meus tempos de menino, quando o natural da vida era os filhos sepultarem os pais e não o contrário.

Lá fora, sentada em sua cadeira, minha mãe olha a rua. Uma frase foge do seu pensamento. “Já vi tanta gente passar nesta estrada”. A velha fizera o coração crescer para suportar tanta dor, tanta violência. Ela pressentira que os tempos estavam mudando e mais do que estufar o peito, aumentou o coração.

Minha mãe, com seu coração crescido, nunca imaginou que viveria tanto para ver os mais novos irem antes dela. Ela que já não anda, que não sai de casa, que só vê a rua de longe e que, por isso mesmo, não pode encontrar-se com uma bala perdida, acidental que seja, para tirar-lhe a vida como se morre nestes tempos.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

silêncio sobre o "fritzl brasileiro"

William Bonner já chorou, já se indignou, já riu, enfim, fez caras e bocas na bancada do JN ao lado de Dona Fátima. Ontem, ele respirou fundo ao falar do Fritzl brasileiro, apelido dado ao lavrador maranhense que mantinha a filha em cárcere privado e com quem ele teve 7 outros filhos, aliás, filhos-neto, dos quais duas filhas já eram abusadas por ele. William Boner respirou fundo, fixou os olhos na câmera e seguiu o jornal. e nós seguimos as nossas vidas. No twitter, quase não li tweets a respeito. E isso me inquietou muito, muito mesmo. As condições em que vivia a moça com seus filhos eram/são terríveis. Uma casa de taipa, chão batido, sem janelas, apenas uma minúscula vidraça permitiam a ela ver o mundo lá fora. As crianças subnutridas, analfabetas... Nao consegui dormir. Minha insônia piorou nesses dias. Até ensaiei rezar um pai-nosso. E o que mais me espantou, se compararmos este caso com o da procuradora que maltratou uma criança que ela adotara, é que a repercurssão foi muito pouca. Fiquei me fazendo mil perguntas, que compartilho com vocês: será que abuso contra mulheres e crianças em um cu de mundo maranhense não dá notícia? Na cotação da desgraça humana, quem rende mais? A bruxa carioca ou o Fritzl maranhense?

Vi no twitter apresentadores de tv, cantoras, jornalistas, se indignarem com a bruxa carioca e não vi o mesmo com o fritzl maranhense. Algo parecido ocorreu quando o Maranhão sofreu com as inchentes. Se comparado ao que ocorreu com Santa Catarina, o apelo, o clamor, o envolvimento da mídia foi bem menor. Ainda quero voltar a escrever sobre. No momento não tenho opinião formada. Quem puder colaborar, emitindo uma opinião ou repercutindo o caso em seus blogs, flogs, fotologs, tweeters, etc, acho que vai fazer bem. Se a mídia grande não trata disso, a gente pode ficar de olho. Nós que não temos milhares de seguidores. Um abraço!

terça-feira, 8 de junho de 2010

Vai começar a Copa...

... e me chama atenção como a Globo se espanta com a realidade da África do Sul. Parece até que a Globo é uma emissora dinamarquesa ou de um desses paises tops.

Será que William Waak e Fátima Bernardes já vieram a Fortaleza? Se não, venham. Gastem seu rico dinheiro aqui, na terceira cidade mais suja do país (fico me perguntando como será na primeira. O sujeito deve sair de casa com um kit básico na bolsa: vassoura e pá portáteis pra abrir caminho na montaha de lixo), na quarta pior em distribuição de renda e onde tem um dos mais altos índices de homicídios do país (Só em 2010 foram 630 e ainda temos mais 6 meses pela frente), apesar das viaturas importadas do Ronda.

Para quem não é daqui e não tem o prazer de ver estas viaturas belíssimas, aí vai uma foto, também porque blog sem figurinha é chato. (Figurinha é tendência! Você já completou seu álbum da copa?)



Não se preocupem, pois tem hotel de luxo, restaurantes ótimos, praia limpinha com direito aos "verdes mares bravios", porém calmos nas piscinas e toboáguas do Beach Park. Antes que eu esqueça: vai ter até Livraria Cultura na chiquésima Avenida Dom Luís, que, segundo uma colunista local, é a Champs-Elysées de Fortaleza. (Sim, é incrível a capacidade de fabulação de algumas pessoas daqui....)

É verdade que nao tem um shopping como o Cidade Jardim, mas, pelos últimos fatos, é melhor dar um tempo da riqueza. Se vierem ainda sairão no lucro (Sim, porque rico que é rico mesmo, sempre pensa em lucrar antes de gastar), pois se espantar com a pobreza aqui sai mais barato e tem a mesma cara. Além disso tudo, não vão gastar o botox fazendo caras forçadas de espanto. I promess!

PS: "Ronda" é como a população chama, carinhosamente, o Ronda do quarteirão, a polícia cidadã.

domingo, 23 de maio de 2010

o humor deve ter limites?

Esse foi o tema ontem de uma "discussão" no Altas horas, do Serginho Groismann. Todos defenderam que não, que o humor não tem limites, mas deve ser ponderado pelo próprio humorista. O Bruno Mazeo estava participando do programa e lá pela tantas ele disse que fazia humor sobre tudos, que era contra todos, "contra a moça do caixa, contra a moça do telemarketing".

Ser contra quem não está na mídia é fácil. Ser contra quem é mais simples, mais pobre e ocupa cargo subalterno é simples. Me chama a atenção estas pessoas que dizem que podem tudo, que sabem de tudo, que são lindas, vencedoras. Elas me chamam a atenção, porque são de fato muito frágeis. Fiquei me perguntando se o Bruno Mazeo é contra quem paga o salário dele na Globo. Será que ele tiraria onda com alguém da família Marinho? Taí um programa de humor que eu pagaria pra ver.

Antes do absolutismo das afirmações, antes de dizer que pode tudo, que sabe tudo, etc, etc, etc, é melhor duvidar, porque quem duvida, quem se questiona não cai em afirmações vãs. Outra coisa que eu quero comentar. Tem muita gente contra o politicamente correto e quer continuar chamando negro de macaco, gordo de baleia, homossexual de bicha, como diz o Alexandre, "bicha" é o que você tem dentro da barriga, enfim, tem gente que quer continuar a ser preconceituoso, pra essas pessoas só tenho a dizer que o direito de vocês termina onde começa o nosso. Humor que alimenta agressão não é engraçado, não me faz rir. O politicamente correto é uma luta contra a intolerância disfarçada de riso. Tem sempre uma parte da gente que dói, até mesmo o bolso. E esta parte, que não é de carne nem de osso, dói mais ainda. Insisto: eu queria ver o Bruno Mazeo fazer humor contra quem alimenta o bolso dele. Beijo a tod@s!