Esse foi o tema ontem de uma "discussão" no Altas horas, do Serginho Groismann. Todos defenderam que não, que o humor não tem limites, mas deve ser ponderado pelo próprio humorista. O Bruno Mazeo estava participando do programa e lá pela tantas ele disse que fazia humor sobre tudos, que era contra todos, "contra a moça do caixa, contra a moça do telemarketing".
Ser contra quem não está na mídia é fácil. Ser contra quem é mais simples, mais pobre e ocupa cargo subalterno é simples. Me chama a atenção estas pessoas que dizem que podem tudo, que sabem de tudo, que são lindas, vencedoras. Elas me chamam a atenção, porque são de fato muito frágeis. Fiquei me perguntando se o Bruno Mazeo é contra quem paga o salário dele na Globo. Será que ele tiraria onda com alguém da família Marinho? Taí um programa de humor que eu pagaria pra ver.
Antes do absolutismo das afirmações, antes de dizer que pode tudo, que sabe tudo, etc, etc, etc, é melhor duvidar, porque quem duvida, quem se questiona não cai em afirmações vãs. Outra coisa que eu quero comentar. Tem muita gente contra o politicamente correto e quer continuar chamando negro de macaco, gordo de baleia, homossexual de bicha, como diz o Alexandre, "bicha" é o que você tem dentro da barriga, enfim, tem gente que quer continuar a ser preconceituoso, pra essas pessoas só tenho a dizer que o direito de vocês termina onde começa o nosso. Humor que alimenta agressão não é engraçado, não me faz rir. O politicamente correto é uma luta contra a intolerância disfarçada de riso. Tem sempre uma parte da gente que dói, até mesmo o bolso. E esta parte, que não é de carne nem de osso, dói mais ainda. Insisto: eu queria ver o Bruno Mazeo fazer humor contra quem alimenta o bolso dele. Beijo a tod@s!
Gostei demais. Muita lucidez!
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