William Bonner já chorou, já se indignou, já riu, enfim, fez caras e bocas na bancada do JN ao lado de Dona Fátima. Ontem, ele respirou fundo ao falar do Fritzl brasileiro, apelido dado ao lavrador maranhense que mantinha a filha em cárcere privado e com quem ele teve 7 outros filhos, aliás, filhos-neto, dos quais duas filhas já eram abusadas por ele. William Boner respirou fundo, fixou os olhos na câmera e seguiu o jornal. e nós seguimos as nossas vidas. No twitter, quase não li tweets a respeito. E isso me inquietou muito, muito mesmo. As condições em que vivia a moça com seus filhos eram/são terríveis. Uma casa de taipa, chão batido, sem janelas, apenas uma minúscula vidraça permitiam a ela ver o mundo lá fora. As crianças subnutridas, analfabetas... Nao consegui dormir. Minha insônia piorou nesses dias. Até ensaiei rezar um pai-nosso. E o que mais me espantou, se compararmos este caso com o da procuradora que maltratou uma criança que ela adotara, é que a repercurssão foi muito pouca. Fiquei me fazendo mil perguntas, que compartilho com vocês: será que abuso contra mulheres e crianças em um cu de mundo maranhense não dá notícia? Na cotação da desgraça humana, quem rende mais? A bruxa carioca ou o Fritzl maranhense?
Vi no twitter apresentadores de tv, cantoras, jornalistas, se indignarem com a bruxa carioca e não vi o mesmo com o fritzl maranhense. Algo parecido ocorreu quando o Maranhão sofreu com as inchentes. Se comparado ao que ocorreu com Santa Catarina, o apelo, o clamor, o envolvimento da mídia foi bem menor. Ainda quero voltar a escrever sobre. No momento não tenho opinião formada. Quem puder colaborar, emitindo uma opinião ou repercutindo o caso em seus blogs, flogs, fotologs, tweeters, etc, acho que vai fazer bem. Se a mídia grande não trata disso, a gente pode ficar de olho. Nós que não temos milhares de seguidores. Um abraço!
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